Contra a desresponsabilização de quem (é) de direito(a)



Em Portugal vivemos numa democracia, numa república; ora, naturalmente temos leis, temos regras e, entre as diferentes regras e leis existe também uma magna lei, ou se dito de outra forma uma magna carta - a da constituição portuguesa.
Qualquer candidato ou partido que se apresenta a eleições conhece a relação obrigatória entre qualquer lei que se faça e a constituição portuguesa – a segunda é soberana e tem de ser respeitada. Para alterar a constituição, dizem as regras, é necessária uma maioria de 2/3 no parlamento (independentemente da matéria em questão).
É responsabilidade do governo também (ou deve ser também) respeitar esta regra.  

Tendo conhecimento desta premissa, ter o governo português a queixar-se de chumbos do tribunal constitucional é, no mínimo, estranho; é que a falta de capacidade para governar sem respeitar a constituição é razão é para a demissão do governo; e aqui nem tem a ver com as medidas em si, mas com a constatação do óbvio - é que estão a tomar medidas que, por questões legais, não podem ser tomadas (se o "plano" é esse... então tem de se mudar o "plano", se não for de outra forma, e este posicionamento não adivinha nada de bom, mude-se o governo).
Da mesma forma, usar os chumbos do tribunal constitucional como desculpa face ao anunciar do falhanço em alcançar as metas definidas parece me desonesto, é que foi com esta constituição que os actuais governantes foram eleitos e não há agendamento previsto para qualquer revisão à mesma, quer dizer, em termos de previsões... é mais ou menos como dizer que entre Janeiro e  Fevereiro de determinado ano vão chover notas de 500 euros e "acumulando o que estiver no telhado", vamos usar o dinheiro para pagar as contas - simplesmente não vai (ou não é provável que vá) acontecer...

Recordava esta notícia (mais precisamente o 1º parágrafo) do líder de um dos partidos que suporta o governo:

Então o governo tem propostas e toma medidas inconstitucionais (e portanto ilegais); e por uma razão que nem se percebe, a culpa é do tribunal constitucional?


Não é novidade, precisamos é de um novo governo... 

Discussão Pública PDM - concelho do Seixal


Como pode ser visto aqui:

o Plano Diretor Municipal para o concelho do Seixal está a ser revisto e estará em discussão pública a partir de hoje (2 de Janeiro) até 28 de Março. Em termos de agendamento destacava a realização de
“duas sessões públicas de esclarecimento, com início às 18 horas, nas seguintes datas e locais:
em 17 de janeiro de 2014, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, e
em 28 de março de 2014, no Auditório do Mercado Municipal de Fernão Ferro.”

Sendo este um dossier de incontestável importância, não posso deixar de considerar que em termos de calendarização das sessões, apesar de se tratarem de duas 6ªs feiras, a hora de inicio (18h), leva a desvantagens relativamente a outras alternativas que poderiam facilitar/proporcionar a participação de mais gente (seria obviamente mais fácil para a maioria de potenciais interessados participarem se apontássemos, preferencialmente, para um fim de semana ou pelo menos para um pouco mais tarde).

Ainda assim, a “voz” da população pode e deve ser ouvida… Participe!